A Apple e o FBI vão brigar na audiência no Congresso em 1º de março
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O Comitê Judiciário da Câmara dos EUA anunciou que o diretor do FBI James Comey e o conselheiro geral da Apple, Bruce Sewell, estão testemunhando em uma audiência no Congresso sobre criptografia em 1º de março. A saga está longe de terminar, já que ambos vão expor seus argumentos sobre se o governo deve ter acesso aos dados dos usuários do iPhone.
A audiência no Congresso gira em torno de uma única questão: como o FBI pode fazer o que é necessário para combater ameaças sem invadir a privacidade dos usuários e potencialmente tornar o iOS um sistema operacional mais vulnerável sistema? No momento, existem duas posições polares opostas.
Tim Cook publicamente fez seu argumento no site da Apple na semana passada, que o governo não deve ser capaz de acessar as informações confidenciais dos usuários. A Apple aparentemente estava sentindo a pressão do FBI para criar uma versão do iOS com uma porta dos fundos que o governo pudesse passar quando necessário. Cook acredita que esta é uma ameaça significativa à segurança e afirmou ontem em uma entrevista à ABC que seria “
o software equivalente ao câncer.”O ponto de vista do FBI, por outro lado, é que é necessário que eles acessem certos dados do iPhone (como o uso por suspeitos de crimes) para que possam fazer seu trabalho com eficiência.
A Apple está longe de recuar em sua posição. Na verdade, a empresa apenas contratou o desenvolvedor do Signal, o aplicativo de mensagens mais seguro do mundo, para que possa incorporar tecnologia em futuras versões do iOS que impediria até mesmo a Apple de invadir conversas.
Esperançosamente, a audiência da próxima semana verá progresso no sentido de alcançar um meio termo entre a Apple e o FBI.