AT&T e Verizon tentaram subverter uma tecnologia que a Apple adota
Foto: Ste Smith / Cult of Mac
O Departamento de Justiça está investigando se a AT&T e a Verizon fizeram conluio para subverter o objetivo principal dos SIMs eletrônicos. Esse a nova tecnologia torna mais fácil alternar entre os provedores de serviço, algo que as duas maiores operadoras sem fio aparentemente queriam evitar.
A Apple usa um eSIM no Apple Watch Series 3. E no ano passado essa empresa reclamou formalmente ao DoJ que as duas operadoras estavam pressionando um órgão de padrões internacionais para fazer uma mudança anticompetitiva para essa tecnologia emergente.
SIM e eSIM
O cartão SIM foi originalmente projetado para ser facilmente trocado. Alguém poderia mudar a operadora que seu telefone usa simplesmente abrindo um SIM e inserindo outro. Os slots SIM são uma parte padrão do iPhone e da maioria dos outros dispositivos celulares.
Mas isso não é prático com algo tão pequeno como um Apple Watch. O slot ocuparia muito espaço. Assim nasceu o SIM eletrônico.
Um eSIM é um versão não removível do cartão SIM tradicional. Ele armazena a identidade de assinante móvel internacional do usuário (IMSI) e sua chave de autenticação associada. Como não é removido, pode ser minúsculo. Na verdade, é um centésimo do tamanho de um cartão SIM padrão.
AT&T e Verizon vs. eSIM
Respondendo ao pedido da Apple, o Departamento de Justiça trouxe esse problema à AT&T, Verizon e GSMA, um grupo comercial de operadoras de rede móvel responsável pelo padrão eSIM.
A questão que está sendo investigada é se as duas operadoras americanas mais poderosas tentaram pressionar a GSMA para modificar o padrão eSIM em sua vantagem, de acordo com O jornal New York Times. O objetivo era permitir que uma operadora travasse um eSIM em sua própria rede, evitando que o usuário trocasse para um rival. Essa mudança beneficiaria mais a AT&T e a Verizon, já que elas têm a maior parte dos assinantes.
A investigação está apenas começando, então nenhuma conclusão foi alcançada.