A Suprema Corte do Brasil decidirá se a Apple continuará usando o nome do iPhone
Foto: Tingey Injury Law Firm / Cult of Mac
O Supremo Tribunal Federal vai ouvir um caso para determinar se a Apple pode ou não usar a marca registrada do iPhone no Brasil. A marca já era propriedade da empresa de telecomunicações IGB Eletronica.
A batalha entre as duas empresas já dura anos. Pior ainda, em 2012 a empresa brasileira criou uma linha de smartphones Android chamada “iPhone.”
“Permitir que uma empresa reivindique uma marca apresentada de boa fé por outra pune a criatividade, distorce livre concorrência e atropelamento das autoridades brasileiras de propriedade intelectual ”, advogado do IGB Igor Mauler Santiago argumenta.
A IGB apresentou sua marca registrada do iPhone em 2000, muito antes de a Apple lançar seu próprio smartphone. O registro foi concedido em 2008 com efeitos retroativos. A Apple argumenta que não deveria ter concedido essa marca porque já existia um produto concorrente (o iPhone da Apple) no mercado mundial. Isso apesar do fato de a marca ter sido depositada anteriormente.
“Afirmar que as circunstâncias de quando a marca é concedida devem prevalecer sobre aquelas de quando foi apresentada exige que o submetedor para ser nada menos que profético, e subverter completamente o sistema de propriedade intelectual brasileiro ”, advogados do IGB alegar.
Esta não é a primeira vez que a Apple enfrenta desafios semelhantes. No México, teve um impasse com o iFone. Teve outro com a Comware no Canadá, e até um no Estados Unidos com Cisco Systems. Em outros casos, a Apple fez acordos comerciais para adquirir a marca iPhone. Resta saber se algo semelhante acontecerá neste caso.
O Brasil há muito é um dos lugares mais caros para se comprar um iPhone. Isso ocorre porque o país aplica um 60 por cento de imposto de importação fixo na maioria dos produtos manufaturados de varejo.
Fonte: PRNewswire