Eminem processa gravadora por royalties do iTunes
Os artistas devem receber royalties maiores de músicas vendidas em formato digital, como o iTunes da Apple? Essa é a questão perante um tribunal da Califórnia, quando o rapper Eminem processa gravadoras por uma porção maior da receita.
O processo levou dois anos para chegar a julgamento, mas os advogados do rapper já perceberam que as gravadoras estão pagando menos para vender músicas digitais.
Com as vendas digitais, gravadoras, como a Universal, não têm mais custos de distribuição, de acordo com a testemunha de um reclamante, um ex-executivo da gravadora.
“Os custos de fabricação são para custos físicos, e isso acabou”, Apple Insider citou o ex-executivo em resposta a uma pergunta do advogado de Eminem, Richard Busch, sobre se os downloads digitais dispensam a distribuição tradicional, como caixas de CD, vendas e displays de loja.
Durante o questionamento posterior, o ex-executivo da Universal disse que a empresa havia pedido à Apple para pagar um taxa para os arquivos de música digital vendidos através do iTunes, mas disse “nem sempre conseguimos cobrar isto.."
Se o rapper for bem-sucedido, o caso pode significar que os artistas ganham mais dinheiro com cada música vendida digitalmente. Uma vitória no tribunal poderia aumentar a participação dos artistas em cada 99 centavos vendido no iTunes para 35 centavos, ante os atuais 20 centavos, de acordo com o relatório.
Este não é o primeiro encontro judicial que Eminem teve com a Apple. Em 2004, o rapper afirmou que a empresa sediada em Cupertino, na Califórnia, usou sua música “Lose Yourself” em comerciais de TV promovendo sua loja iTunes. O processo foi posteriormente resolvido fora do tribunal por um valor desconhecido.